segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Corpo e Emoção



As emoções sempre foram o tendão de Aquiles do ser humano.

Através de estados alterados temos atitudes que, em estado relaxado, jamais teríamos.

Se filmássemos todas as cenas que envolvem alteração do estado emocional, ou riríamos muito ou nos envergonharíamos consideravelmente.

Perdemos boas amizades, grandes negócios, ótimas oportunidades, somente porque acordamos com o “pé esquerdo”.

Porém, não são somente as oportunidades da vida que deixamos de aproveitar; as emoções têm impacto direto sobre nosso organismo de uma forma geral, e afeta, de forma particular, o nosso órgão mais frágil.

Evoluímos tecnologicamente, grandes descobertas, o avanços das pesquisas, tratamento de diversas doenças. Porém ainda estamos no mesmo patamar emocional de 2000 anos atrás.

Os mesmos questionamentos, os mesmos deslizes.

Amor, ódio, inveja, cobiça, luxúria, depressão, culpa. Emoções que ainda tomam conta de nosso ser e nos leva por caminhos tortuosos.

Na ciência nos baseamos nas pesquisas e procuramos seguir dali para frente

Na emoção, dificilmente aceitamos conselhos, e, apesar das evidências, cometemos os mesmos erros, caímos nos mesmos conflitos, “metemos os pés pelas mãos”.

O que nos impede de cometermos ainda mais atrocidades é o punho da lei, o medo de perdermos a liberdade, o medo do mais forte. Não conseguimos seguir de forma coerente.

Vejo isso no transporte público. No metrô, 6 horas da manhã, milhares de pessoas se deslocam de suas residências com destino ao local de trabalho. Bem, São Paulo tem mais pessoas que capacidade de transporte. Então, imagine o caos nessa hora.

Aquela pessoa dita civilizada perde a compostura e acotovela quem vê na frente, proferindo palavras de baixo calão, olhando o outro como em um campo de batalha: um inimigo a se vencer. Pois é, somos assim. Quando se trata de sobrevivência voltamos à idade da pedra.

Além desse desconforto social, há ainda o desconforto corporal.

ESTRESSE

O cortisol, considerado o hormônio do stress, ativa respostas do corpo perante situações de emergência para ajudar a resposta física aos problemas, aumentando a pressão arterial e o açúcar no sangue, propiciando energia muscular.

A elevação de cortisol implica:

Na diminuição da testosterona, do hormônio de crescimento e da sensibilidade à insulina

Diminui a função imunitária, predispondo o organismo a infecções;

Aumenta o risco de osteoporose

Favorecendo fadiga e irritabilidade

Risco de infarto do miocárdio.

Diminuição da massa muscular

Favorece o aparecimento da acne

Oxida lipídios, tendo como resultado a gordura localizada.

Então, antes de esbravejar, se irritar, perder o controle, pense nas consequências, e respire fundo. Saia do local onde o estresse se originou, vá caminhar, fazer algo que goste, meditar.

DEPRESSÃO

Existe uma relação importante entre a depressão e o infarto do miocárdio, sendo que quase a metade dos infartados apresentam sinais de ansiedade, isolamento, estresse e dificuldades emocionais.

A depressão após infarto do miocárdio ou após cirurgia do coração pode aumentar em 4 vezes o risco de morte.

Causa ainda:

Isolamento social

Compulsão por álcool e comidas gordurosas

Diminuição da vida sexual

A atividade física é uma importante arma contra qualquer tipo de desânimo, já que estimula a produção de substâncias ligadas à felicidade, a serotonina e dopamina. O grande problema, em casos de depressão, motivar a pessoa.

Com diz o velho ditado: “A raiva, a inveja, orgulho, são venenos que a gente toma esperando que o outro caia.”

Conte até 10.

Está diante de uma situação ruim? Saia do ambiente, dê uma volta, tome um copo de água, “esfrie sua cabeça”.

Toda situação ruim é tenebrosa, mas depois, já com os ânimos acalmados, percebemos com mais clareza as soluções.

Afinal, “a vida tem a cor que você pinta”.



Autor: Professora Lucinéia Leite
Idealterapia

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